Não sentir sede IMPORTA para o paciente
A evolução do cuidado centrado no paciente passou por diversas fases, particularmente no cenário norte americano. Na década de 80, as instituições de saúde despertaram para redução de riscos, reclamações e solucionar problemas com os pacientes.
Na fase seguinte, a escolha do paciente começou a importar e surgiram empresas de avaliação da opinião dos pacientes. Nos anos 90, percebeu-se que a qualidade do serviço como um todo era muito importante e que a excelência era um ponto primordial para atrair clientes!
A partir do ano 2000, no entanto, a Experiência do Paciente ganha dimensão e valor real. Principalmente com o fortalecimento de institutos que fomentam o foco na experiência do paciente (como o Beryl Institute) e medidas que ajudam a identificar como foi a percepção do paciente ao longo do processo de internação.
Nesse contexto, os hospitais introduziram, pela primeira vez, a figura do CXO (Chief Experience Officer), destacando a experiência do paciente como essencial não apenas para o cuidado, mas também para o sucesso da gestão das instituições. Essa abordagem reforça a importância de um cuidado centrado no paciente não apenas como uma prática clínica, mas como um elemento estratégico na administração hospitalar.
Mas o que essa história tem a ver com a sede?
Nos últimos anos, a prática clínica introduziu e valorizou muitos protocolos essenciais para o cuidado do paciente. Dor, hipotermia, checklist de cirurgia segura, náuseas e vômitos, entre outros, não faziam parte dos protocolos adotados e valorizados nas instituições brasileiras.
Precisamos ter em mente o manejo da sede, incorporando-o em nossos protocolos e inserindo-o em nossa cultura, se realmente desejamos participar ativamente do movimento do cuidado centrado no paciente.
Não sentir sede IMPORTA para o paciente